Um e-mail vindo do espaço

Pesquisador japonês espera resposta, em 2015, de mensagem enviada à estrela Altair em 1983. Sequência de imagens descreve a vida na Terra e contém conceitos de matemática, biologia e astronomia
Rafael Rigues
Se tudo correr como planejado, a Terra pode receber uma mensagem enviada por seres alienígenas daqui a sete anos, em 2015. Ela seria uma resposta à outra mensagem, enviada da Terra para a estrela Altair em 1983, pelo pesquisador japonês Hisashi Hirabayashi. A mensagem chegou à estrela (que fica a 16 anos-luz da Terra) em 1999, e consiste em uma sequência de 13 imagens de 71 x 71 pixels codificadas de forma binária.
As ilustrações representam conceitos como números inteiros, primos e definição de distâncias, operações matemáticas básicas (adição e multiplicação), principais elementos químicos encontrados na Terra e sua estrutura básica, dados sobre o Sistema Solar (como tamanho do Sol e planetas e distâncias entre eles), estrutura do DNA e sua composição básica, história da evolução da vida na terra, imagens do corpo e face humanos bem como número de genes em nosso organismo, total da população mundial e frequência de transmissão da mensagem.
Hirabayashi espera que formas de vida inteligentes capazes de receber a mensagem tenham conhecimento para decifrá-la e respondê-la. Se elas estiverem escutando o espaço (como fazemos com programas como o SETI), podem ter recebido e respondido ao sinal imediatamente, o que faria com que a resposta chegasse aqui em 2015.
A história por trás da transmissão da mensagem é curiosa: o astrônomo admite que havia bebido "um pouco demais" em comemoração ao festival de Tanabata, tradição japonesa que comemora o encontro anual do deus Hikoboshi (a estrela Altair) com a deusa Orihime (a estrela Vega). Duas imagens na mensagem contém a expressão em japonês "Kanpai" e a em inglês "Cheers!", equivalentes ao nosso "Saúde!". "Eles provavelmente não vão entender esta parte", diz o bem-humorado Hirabayashi.
Infelizmente, o próprio pesquisador admite que a chance de que tenhamos uma resposta é baixa. Entre outros fatores, até o momento sequer detectamos a existência de planetas, quanto mais planetas habitáveis, próximos à estrela Altair.
Vega, por outro lado, é uma das estrelas mais estudadas depois do Sol, e há indícios da existência de pelo menos um planeta com 12 vezes o tamanho de Júpiter, ou um sistema planetário em formação, em sua órbita.
origem: http://tecnologia.ig.com.br/noticia/2008/05/16/um_e_mail_vindo_do_espaco_1316354.html
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